quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sutilmente...



E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe




sábado, 22 de maio de 2010

"O conceito de felicidade é muito abstrato..."


"Sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, inquieta na minha comodidade. Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz.  Quando me entrego, me atiro e quando recuo não volto mais."
 (Martha Medeiros)

Você não precisa ligar e dizer para eu não chorar, é preciso enxergar outras coisas além de algumas lágrimas que ainda caem nos dias de hoje. Como você mesmo fala há um sábado lindo, e através da janela do quarto nao preciso me esforçar muito pra ver as nuvens brancas e que por hora encobrem o sol.
Nuvem como uma cortina, necessária para diminuir a claridade que incomoda a minha retina fina, ou como em uma promessa "uma cortina branca transparente" que por trás se vê aquela lua cheia, além de você e eu.
E por mais uma vez amanheci e vi prematuramente os sinais desse sábado, não tive a praia como cenário mas onde estava eu já ouvia os primeiros cantos dos pardais e até dos galos que incrivelmente devem ter por aqui.
Não importa a minha linda noite em claro ou o meu dia meio dormido, nem onde você esteja porque quando lembro dos dias e noites por onde passeamos vejo o quanto somos miúdos, não cabe em mim tanto sentimento. Eu nao gosto de coisas tão mornas, que exploda toda a dor que aqui estiver, que saiam cores como em fogos de artifícios. Poderia apenas sussurrar para você mas eu preciso dizer que não me poupo,  não destilo o que me preenche porque vivo de emoções intensas, nada sem gosto por aqui.
Você não conseguiu cortar o cordão e nem eu e independente do que acham ou interpretam eu não me calo e me transformo exatamente no que te digo.
E diante da bipolaridade vezes exposta, depois de "rasgar" o verbo já me sinto melhor...rs

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Nascer...

(Foto de mamãe, papai e Raabe, tirada logo após o parto em Washington - EUA)


A gente sempre conversou uma com a outra, dos sonhos de cada uma. E lembro dos olhos brilharem, lembro das lágrimas que as vezes caiam, dos medos e dos risos por qualquer besteira compartilhada. Lembro ainda que sempre conseguia irritá-la ou fazê-la gargalhar. Ela sempre tão decidida, como uma primogênita que não é...rs

O fato de não termos nem um ano de diferença nos faz quase gêmeas, tão iguais e tão diferentes. Uma baixinha de cabelos lisos e negros, outra grandona com cabelos encaracolados e dourados. E assim nos completamos desde quando nós fomos dadas uma a outra por mainha e painho.

Nós sabiamos e já esperávamos, ela correu em busca dos seus sonhos e durante sete longos anos uma saudade vem preenchendo esses dias nossos. Mas quem disse que a situação é de distanciamento? O amor vem se fortalecendo, se alimentando dessa saudade que não paralisa nenhum pouco a nossa relação de irmandade.

Lembro no início desse ano em que ela nos deu a notícia, um sonho a mais estaria sendo concebido graças a Deus. Minha irmã passaria dali em diante a gerar a nossa sementinha. Os dias não seriam mais os mesmos. E como me conhece ela saberia que eu acertaria: “vai ser uma menina”...rs

As perspectivas passaram a ser de cores bebês, de tons suaves, de cantigas de ninar. A minha menina estava sendo gerada e mesmo que havendo distância nessa história de amor, o sorriso dela já nos alcançava, os movimentos não cabiam apenas  dentro de um ventre. Estávamos todos nós concebendo a nossa Raabe.

Durante cada semana completada a expectativa aumentava, não deixávamos de visualizar o seu rostinho afilado, a dúvida ficava entre a cores dos fios, o seu formato...rs Não importava, nela estaria sendo depositado todo o nosso amor.

Ah! minha pequena, tu és o fruto de uma família que acredita nos ensinamentos do Criador, serás a mistura de terras estrangeiras e nacionais, conhecerás os pequis de Goiás e as ondas do mar de Pernambuco, por onde pisares serás alegria para aqueles que te colocarem nos braços.

Minha pequena Raabe como eu gostaria de te segurar, mesmo sem jeito, de pegar em teus delicados dedos, te aconchegar em meu colo...Talvez eu tremesse na base rs, amarelasse na hora em que você natualmente se mechesse...rs É que tua dinda nunca conseguiu ter jeito com a miudeza dos bebês..rs Ela é desastrada e talvez tua mãe arengasse...rs Eu te amo minha princesinha do céu, minha gostosinha, a dinda vai querer te colocar no feijão visse? rsrs (E vocês leitores me perdoem mas a dinda aqui está abestalhada, o momento é de caducar literalmente, relevem kkkkkkkkkkkkkk...)

Que papai do céu abençoe imensamente sua vida e que a partir de hoje possamos compreender que não adianta se abater com as quedas dessa vida Severina, que os testemunhos do amor de Deus são os milagres que deixamos passar tantas vezes despercebidos. Tu és um milagre para nós! Como somos felizes com a tua chegada, com o teu sopro de vida, a partir de hoje.

com amor para Vavá, Katucha e Raabe.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A arte de crer...


E de repente ela se sentiu confusa, não sabia bem se aquilo que estava "exposto" era a verdade. Ela já tinha se machucado antes e cada passo de uma vez era necessário, cautela porque o cordeiro poderia não ser manso. E dividida em crer ou não ela estacionou por um instante, o mais correto era pausar, ficar tranquila, ela buscou a Deus. Não estava desesperada mas repousar a sombra e no caminhar segura poderia sorrir abertamente, dentro da verdade ela poderia gargalhar ingenuamente, até chorar sem vergonha e assim ir com ou sem as mãos dadas, mas era importante clareza.
Sem clichê mas ela não precisou esperar muito, foi só um  "olá" e como quebra-cabeça as peças foram encaixadas, ela tinha razão em suas dúvidas, dizem que mulher tem sexto sentido...rs não era um cordeiro manso. Por um instante ela se surpreendeu, ficou triste, chorou mas riu em seguida, as coisas de Deus são assim mesmo, reveladoras e surpreendentes! 
Não a culpo por insistir em contos, em anjos negros, em tocadores de cítaras, em acreditar nas pessoas. Ela sempre acredita, ingênua? não a considero assim, ela busca porque a felicidade existe em coisas simples, porque ela vê sempre margaridas pela manhã e o som que escuta ao entardecer é o que deseja e hoje a tarde é de clarinetes afinados que acompanharão o por do sol mesmo se as nuves não permitirem que ela veja o espetáculo do fim do dia.
Ela se cansa as vezes, como mortal que é, vive como se fosse o último e entrega seu sorriso para quem vê. É encantada com a vida e cada detalhe é questionador o que seria dela sem aquelas folhas que caem no outono, como ela poderia rabiscar seus pensamentos sem uma história de amor, sem os amigos que a fazem tão bem, sem a família linda que tem, o que seria dela se não crêsse em um Deus revelador? Provavelmente ela se fecharia dentro de uma caixa pequena, sem furos, sem ar, ela não tiraria fotos, não adoraria o verde, possivelmente ela não transbordaria de amores e muito menos acreditaria nas pessoas.
O melhor pra ela? Buscar a Deus e o melhor de tudo isso? Ela sabe e assim espera, mesmo como um mortal, ainda ansiosa pelo dia de amanhã. Mas a vida tem ensinado que todas as folhas terão seus dias ao vento, que pessoas incríveis sempre devolverão o sorriso ofertado e que o melhor de Deus ainda estar por vir, isso é só o começo.
E como que chegando ao fim deste post digo a vocês que possivelmente esbarrarão em sorrisos desconhecidos hoje e o que faz o dia ficar melhor? retribua, talvez você também acredite nas pessoas...

PS: Carlinhos eu te amo mais do que sorrir contigo ^^

terça-feira, 11 de maio de 2010

Ela...mainha!


Talvez nao houvesse inspiração suficiente pra vir postar. Tenho sido exigente comigo mesma, inquieta de certa forma....rs normal já comentei aqui sobre a minha suposta 'bipolaridade'....rsrsr
E mesmo permanecendo nesse movimento de "pausa" particular e de saudade para alguns vim deixar uma imagem de domingo e que me faz tão bem, me faz agradecer ao Senhor por tê-la me dado com tanto carinho, agradecer pela minha mainha mais linda, pela minha margarida pernambucana. 


Vê-la sorrir como só ela faz me dá vitalidade pra acordar todos os dias e abraçá-la sem que haja uma data específica, não preciso de "maios" para comemorar contigo e dizer o quanto te amo, não é necessário vitrines coloridas, cardápios caros e muiitos menos cantigas famosas para me derreter com o teu amor.
Te chamar de mainha é suficiente pra me fazer feliz! Eu te amo tanto...
PS: Só kata e netinho sabe do que tô falando lá lá lá...rs

 

sábado, 1 de maio de 2010

Palpitando pra viver...



A felicidade depende de você
Da canção que escolhe pra pulsar
Do gosto que quer sentir...


Há uns meses fiz um poema e nele contei um pouco sobre o coração que pulsa...
E como num monólogo circense ensaiei como seria viver sem um. Não dá!
Conclui que se o coração bate por alguém porque não bater por si?
Pulsar por ele mesmo, pra bombear o sangue, pra irrigar a vida que corre por dentro...
Os corações não possuem o formato romântico que aprendemos quando crianças...
Ele nos entrega literalmente quando suamos, coramos, choramos...
E além de descobrir seu formato "estranho", aprendo -d i a r i a m e n t e- que um bom coração pulsa primeiramente por sua vida, por seu ritmo.
Um bom coraçao aprimora seus batimentos, escolhe qual canção seguir, o gosto a sentir, ele se perfuma de alegrias invisíveis, não se divide nem se dá por inteiro a alguém. 
Ele compartilha, soma, acrescenta como uma rede, um elo que não se rompe. E como um elástico ele abre espaços para caber sempe mais.
Quando entendemos o coraçao a gente passa a escutar sua melodia. Mas quando ele bate por alguém é como uma harmonia onde as notas tocam juntas ao mesmo tempo, porque não dá pra separar, ele só soma. É compreender que amar a si mesmo é como uma clave definindo o nome das notas que ele precisa pra tocar.


Fica o espaço sem música, a intenção é que cada um sinta a sua...rs
Amo vocês!
Obrigada Senhor pelo amor!
=)